Kids on the Slope, ou Sakamichi ni Apollon, é um anime muito antecipado por ser a reunião da compositora Yoko Kanno com o diretor Shinichiro Watanabe, dupla responsável pelo clássico Cowboy Bebop.
Bem, o anime se passa em 1966 e conta a história de Kaoru Nishimi, que, por causa do trabalho de seu pai, se muda para a casa de parentes em Kyushu (terceira maior ilha do Japão, e a mais para o sul das 4 grandes). Logo no primeiro dia, ele acaba conhecendo o bad boy de sua turma, Sentaro Kawabuchi e descobrindo que este é um baterista de jazz. Ele também conhece Ritsuko Mukae, a simpática presidente da classe que é amig a de infância de Sentaro. Ritsuko e Kaoru se tornam amigos e ela o convida para acompanhá-la até sua casa, já que ele procurava discos de música clássica, pois Kaoru toca o piano, e a família de Ritsuko é dona de uma loja de discos. Chegando lá, Ritsuko convida Kaoru para um tipo de estúdio situado no porão da loja. Lá eles encontram Sentaro solando na bateria e Kaoru fica impressionado. Após Sentaro dizer que um garoto riquinho como ele só conseguiria tocar música clássica e não teria a "alma" para tocar jazz, Kaoru vai embora levando um disco de jazz para casa.
Este é basicamente o resumo do primeiro episódio. A qualidade da parte visual estava toda muito boa. Dá para notar especialmente na qualidade da animação na cena do solo de bateria e no bom uso de CG nos closes na mão do Kaoru enquanto ele toca piano. Infelizmente, não tivemos muito espaço para a trilha sonora. Mas onde ela apareceu, foi da qualidade que se espera da Kanno. Os temas de abertura e encerramento são ambos bem interessantes. Diferentes do normal dos animes.
O Kaoru é um garoto de família rica e mudanças de cidade como a do começo do anime não são novidade para ele. Por isso ele cresceu sem amigos. No começo do episódio ele, que é um aluno com ótimas notas, mostra ter um estilo meio Holden do Apanhador no Campo de Centeio (ou Kyon de Haruhi, para os otakus). Mas até pelo tipo de história do anime acho que logo logo ele perde o cinismo e a chatice. O Sentaro é forte, rebelde e tem toda aquela pinta do bad boy cool clássico. A Ritsuko, por sua vez, já tem aquele jeito de amiga de infância, super boazinha e que cuida dos protagonistas arruaceiros.
Aparentemente o anime vai ter um desenvolvimento similar ao de um Beck, mostrando o personagem principal meio xarope fazendo amigos por causa da música e formando uma banda. Coloca aí um pouco de romance e de dramas da adolescência. Se seguir este caminho, sendo feito por quem é, será um anime que vale a pena conferir.
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