Otoyomegatari (A história de uma esposa) conta a história de várias jovens esposas da Ásia central no começo do século 19. Nos primeiros capítulos, o mangá mostra Amir, uma jovem de 20 anos casada com Karluk, de apenas 12. Mas eventualmente o mangá segue Henry Smith, um pesquisador inglês que era hóspede da família de Karluk, enquanto este viaja e mostra outras jovens esposas.
Otoyome é majoritariamente um mangá de cotidiano. Ele tem seus momentos de tensão, mas o foco principal é mostrar como viviam as pessoas daquela região naquela época e a história específica de cada esposa. E o mangá mostra tudo, desde a comida e as roupas até os costumes e as atividades das pessoas. Isso é bem legal, porque, ao contrário da Europa, Japão, China e outros lugares mais famosos, é difícil vermos alguma reconstituição de época daquela região.
A arte da Kaoru Mori é excepcional. A quantidade de detalhes nas roupas é absurda. E o mesmo vale para os cenários. E ela não enche o mangá de quadros com fundos brancos para enrolar. O fluxo da ação é bom e o design das personagens é bonito.
Mas o que se destaca mesmo são os personagens. Eles não seguem os estereótipos mais comuns e têm bastante carisma. Vc acaba ligando para o que acontece com eles.
Eu gostei bastante da parte história de Otoyomegatari, já que gosto de saber como outras pessoas vivem. Mas mesmo que vc não seja ligado nisso, o mangá é competente no romance e até na comédia.
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