terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Resenha: Kaizoku Sentai Gokaiger

 

Para a primeira opinião sobre tokusatsu do sítio, escolhi o recém terminado Gokaiger.

Quando a Terra estava sendo invadida pelas forças do Império Espacial Zangyack, os trinta e quatro Super Sentai lutaram contra os invasores em uma batalha que ficou conhecida como a Guerra Lendária. Os invasores foram derrotados, mas os Sentai usaram todas as suas forças e acabaram perdendo seus poderes. Ao mesmo tempo em que uma nova armada Zangyack aparece para tentar conquistar o planeta, chega à Terra um grupo de piratas em busca do maior tesouro do universo. Mas esses piratas tem algo especial. Não só eles podem se transformar no Esquadrão Pirata Gokaiger como possuem chaves que os permitem se transformar nos heróis dos 34 Super Sentai anteriores e utilizar seus poderes. Após lutarem contra uma parte dos invasores na Terra, os piratas descobrem que para encontrar o tesouro terão que obter um poder especial de cada um dos 34 Sentai anteriores, enquanto, enfrentam os Zangyack que ameaçam a Terra e que colocaram uma recompensa pelas cabeças dos piratas.


Bom Gokaiger foi uma série que me agradou muito. Como se vê pela sinopse, o fator fan service da história é bem forte, como toda essa história de os Gokaigers usarem os poderes dos Sentai anteriores. E além disso, eles trouxeram vários atores das séries antigas para fazer pontas nos episódios. Infelizmente, 5 dos 34 ficarem sem seus próprios episódios, entre eles os Changeman e os Flashman, que eu, como qualquer brasileiro (no bom sentido, é claro), queria ver. A série teve motivos de enredo para isso, mas mesmo assim foi uma decepção.


As lutas foram, em média, muito boas. A coreografia era legal e eles usavam muito bem as transformações nos sentai anteriores, fazendo mesmo as lutas menos inspiradas interessantes por causa dos golpes e técnicas dos veteranos. A série também tem várias cenas de luta sem transformação, o que é legal.  É que eles na hora H já atirando nos inimigos, falem uma frase de efeito e se transformem.

As lutas gigantes foram ok. O GokaiOh é um robô muito grande e corpulento, então não dava para fazer uma coreografia mais plástica. Aliás nem sei porque cada pirata tinha seu veículo, já que todos saem de dentro do GokaiGaleon (uma nave especial em forma de navio pirata), que é o veículo do vermelho, como se fossem aquelas bonecas russas que guardam uma menor dentro de si.. Dava para eles terem feito o Galeon maior e usá-lo sozinho para fazer o robô, já que não há muitas trocas de membros. O legal dessas lutas gigantes é que Gokaiger tinha alguns capangas especiais que também ficavam gigantes (e viravam naves) com frequência, o que dava um pouco mais de variedade às lutas e tornava possível as batalhas gigantes em episódios nos quais o vilão não iria crescer.


Quanto aos vilões, temos coisas boas e ruins. O primeiro vilão é o príncipe dos Zangyack, Walz Gil. Ele é um príncipe mimado e seus ataques eram divertidos. As reações dos MDS (monstro da semana) e da cientista Insarn, do conselheiro Damaras e até do cyborg Barizorg eram legais de se ver. Durante a série, aparece também um rival para o GokaiRed, que é um personagem bem legal. O problema é que depois chega o imperador. E nesse ponto os comandantes inimigos iniciais que sobram ou perdem seu espaço quase que completamente ou são mal utilizados. Pelo menos o rival continua relevante.

O enredo é bem simples e não chega a passar muito do que vai na sinopse. Mas funciona para a série.

Os personagens são outro ponto positivo da série. Não são nada revolucionário. Aliás até bem comuns em se tratando de Sentai. Mas os roteiristas deram vários maneirismos para eles e, mais importante, se preocuparam em fazê-los interagir com frequencia. E boa parte dessas interações era em momentos de alívio cômico, sendo comum ver dois (ou mais) deles fazendo alguma comédia no fundo da cena enquanto no primeiro plano outra coisa acontecia.


O Capitão dos piratas, Marvelous (é...) é um vermelho tradicional: o líder audacioso. Tudo bem que ele é um pouco audacioso e exibido demais, mas é pq ele é pirata. Ele costuma jogar sujo, afinal é um pirata, mas como não podia deixar de ser, ele é bom e acaba ajudando as pessoas. Joe Gibken é o imediato e espadachim da tripulação. Como boa parte dos azuis, ele é o cara cool e reservado, mas que de vez em quando mostra um lado bastante intenso. A amarela, Luka Millfy é uma personagem bem moleca que vive atrás de dinheiro e é brigona. Ela vive batendo no verde e no sexto quando eles fazem besteiras. Se vc está achando que está parecido com One Piece, não vai se admirar do verde, Don Dogoier ou professor, ser um cientista covarde que não é tão bom nas lutas, mas que usa a cabeça e movimentos pouco ortodoxos e até estranhos para derrotar os inimigos. A rosa, Ahim de Famille, é uma princesa exilada. É ela quem se solidariza com as pessoas e que acalma o ânimo dos outros piratas, com sua personalidade conciliadora. Por fim temos o sexto, um terráqueo que é super fã dos Super Sentai. Sempre que um veterano aparece, ele começa a agir como um fanboy. Além disso, ele é super empolgado, ao contrário dos outros piratas que são bem blasé.

Gokaiger faz um fan service bem feito para fãs dos Sentai e ainda tem lutas ótimas e personagens super divertidos. E mesmo que o enredo não seja lá essas coisas, a série consegue empolgar constantemente.

Avaliação: imperdível.

P.S: A série solta alguns spoilers de Sentais antigos. Em geral nada muito sério, mas as vezes são coisas importantes.

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