O anime se passa no ano de 2071. Os humanos criaram um sistema de portais que permitem viagens interestelares rápidas e colonizaram o sistema solar. Acompanhamos Spike Spiegel e Jet Black, dois caçadores de recompensa, chamados de caubóis no cenário, que voam por aí na nave Bebop atrás de criminosos procurados. No meio das aventuras Ein, um cachorro inteligente, Faye Valentine, uma caçadora de recompensas e Ed, uma hacker se juntam a eles.
Tecnicamente, o anime é excelente para a época, o design mecânico da Sunrise é ótimo, a animação é boa, apesar de dar para notar que eles tiveram que segurar em alguns momentos para não ficar caro e já tem até um 3Dzinho que na época era novidade. E o 3D é bem utilizado. A trilha sonora da Yoko Kanno é genial, misturando trocentos estilos diferentes, mas com a predominância do jazz e do blues.
Quanto aos personagens tem seus altos e baixos. O Jet é bem legal, um cara durão estilo detetive hard boiled. Só que ele fica com pouco espaço e mal sai da nave, sendo a "mãe" do grupo. A Ed é divertida e estranha e eu gostei muito da voz da dubladora. Só que ela entra e sai do anime sem fazer a menor diferença. A Faye é o esteriótipo da femme fatale japonesa, a la Fujiko Mine de Lupin. Ela usa sua aparência para enganar os homens e vive tentando passar os seus colegas da Bebop para trás. E o anime explora a sensualidade dela constantemente. Só que eles conseguiram dar uma profundidade maior para ela ao mostrar um lado menos mercenário durante o anime. Acabei gostando dela também. Infelizmente não consegui achar o Spike legal. Ele é aquele personagem feito para ser tão cool e fodão que acabei achando ele chato. E isso atrapalha porque ele é o principal e o final do anime gira em torno do enredo do passado dele. A única coisa legal dele é o seu Jeet Kune Do, que cria algumas lutas bem legais.
Em geral, o anime é episódico, com cada episódio sendo uma história fechada e independente das outras. O diretor aproveita isso para experimentar e tentar vários gêneros. Normalmente os episódios são legais, principalmente os que são focados nos personagens. Só que tem uns que são bem chatinhos, tipo o dos cogumelos e o do assassino. O anime ainda ensaia algumas discussões mais cabeça, mas sem muita profundidade.
O diretor foi esperto e não caiu na armadilha dos animes episódicos. Ele introduziu o arco de personagem do Spike como centro para a história do anime e assim não precisou inventar na hora uma clímax qualquer para terminar o anime. Só que eu achei a história do Spike chata. Um dos principais motivos para isso é que o diretor se recusou a mostrar o passado do Spike direito, mostrando só flashes e aí tu fica sem "base emocional" para ligar para boa parte do drama. É a diferença por exemplo, que faz o arco da era de ouro em Berserk ou a primeira parte de Gungrave. Não adianta botar slow motion e pombinha voando na morte de uma personagem que mal aparece para tentar criar drama se não foi criado nenhum laço afetivo com o telespectador... E o confronto final faz muito pouco sentido, apesar de ser exatamente para isso que se encaminhava. É como se fosse o final de um filme de faroeste com o embate final entre o pistoleiro solitário e os vilões.
No fim, achei o anime bem legal. Só não achei tão bom quanto o fandom em geral acha.
Avaliação: Recomendado
E o mangá?
A versão mangá de Bebop não é o original e nem é uma adaptação da série de TV. Os roteiristas decidiram criar novas histórias com os personagens e chamar o mangaka Yutaka Nanten para desenhar. As histórias são bem legais e têm bastante comédia. Até o Spike perde a pose de fodão e fica mais descontraído.
O design de personagens é bom, apesar de diferente da séire de TV, os cenários são ok e o design mecânico é igual ao da TV, só que menos detalhado. O problema é que a sequência das cenas de ação não ficou legal. A ação não flui bem. Não sei se por limitação de talento de desenhista ou por falta de espaço, já que cenas de ação boa gastam muitos quadros.
Esse mangá de 3 volumes é divertido e uma boa chance de rever os personagens de Bebop
Avaliação: Recomendado
P.S: Existe outro mangá de Bebop, mas é uma versão alternativa da história e dos personagens.
E o mangá?
A versão mangá de Bebop não é o original e nem é uma adaptação da série de TV. Os roteiristas decidiram criar novas histórias com os personagens e chamar o mangaka Yutaka Nanten para desenhar. As histórias são bem legais e têm bastante comédia. Até o Spike perde a pose de fodão e fica mais descontraído.
O design de personagens é bom, apesar de diferente da séire de TV, os cenários são ok e o design mecânico é igual ao da TV, só que menos detalhado. O problema é que a sequência das cenas de ação não ficou legal. A ação não flui bem. Não sei se por limitação de talento de desenhista ou por falta de espaço, já que cenas de ação boa gastam muitos quadros.
Esse mangá de 3 volumes é divertido e uma boa chance de rever os personagens de Bebop
Avaliação: Recomendado
P.S: Existe outro mangá de Bebop, mas é uma versão alternativa da história e dos personagens.
Assisti boa parte do anime e gostei até onde vi. Muito original e a qualidade técnica é impecável, levando em consideração a época em que foi feito (1998 acho...)
ResponderExcluirValeu!